terça-feira, 9 de novembro de 2021

O PODER

 O Poder dos sistemas abertos não é uma propriedade a ser possuída, e sim um processo ao qual a pessoa se abre,  

-Joanna Macy


Afirmamos que o poder é energia direcionada. E o que dizer do poder pessoal? Como adquirir e manter esse poder no quadro de um sistema cultural e educacional que ensina a impotência como forma de estimular a cooperação social?  O que acontece quando pensadores criativos são vistos como transgressores a serem alvos do ostracismo de parte da sociedade, enquanto se reforça o conformismo? Muitos pais educam os filhos para serem dóceis e bem - comportados, mas até mesmo a obediência exige cooperação da vontade própria. 

A cooperação social é certamente necessária; no entanto, se ela ocorrer por intermédio da dominação, dificilmente merece ser chamado " cooperação ". Será então a cooperação sem desejo, nem vitalidade, nem centelha de fogo característico do terceiro chacra.  Ela se converte em submissão, que amortece e embota nosso sentido de poder e vontade, e prejudica a autoestima. 

Para nos desenvolver e curar no nível do terceiro chacra, precisamos reexaminar o conceito de poder que envolve a dominação de uma parte por outra, comumente chamada de "poder sobre". Em vez disso, podemos fomentar o poder como integração, "poder interno", de conexão com as forças da vida. Ao pensar em poder, talvez o julguemos como um verbo ativo, e não um substantivo, pois  de fato ele só existe na ação, na "concessão de poder " a mudança ou ideias. Podemos substituir "poder sobre alguém" pelo "poder para alguém". 

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Num paradigma de submissão, o poder é colocado fora de nós. Se procurarmos o poder do lado de fora, buscamos em outros as diretrizes, e nos apanhamos à mercê deles, expostos à possível vitimização. Dada a ausência do poder interno, podemos ficar o tempo todo buscando estimulação , excitação e atividade, por temor a reduzir o ritmo, a sentir um vazio interior. Empreendemos atividades para que os outros nos reconheçam, para que nos vejam , para que nosso ego seja fortalecido. Podemos  buscar o poder por causa do ego, e não pela capacidade de  melhor servir ao conjunto maior. O poder sem objetivo é mero capricho, por vezes até perigoso. 

O poder depende da energia, exatamente como a sobrevivência depende da matéria, e a sexualidade, do movimento. 

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O poder, então, depende igualmente dos chacras superiores, porém não em detrimento dos chacras inferiores. À medida que nos aproximamos de uma compreensão maior da consciência  e do mundo espiritual, constatamos que de fato nossos conceitos de poder evoluem. Essa evolução vem de dentro de nós, do núcleo, das raízes, das entranhas de cada um de nós, e igualmente de nossas visões, criatividade e inteligência. Disso depende nosso futuro. 

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Extraído do livro: Rodas da Vida - Um guia para entender os chacras, da autora Anodea Judith


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

AFINIDADE

 


Na química, utiliza-se o termo "afinidade" para descrever a tendência de uma substância a se combinar com outra e permanecer assim, fato que ocorre em razão de compatibilidade intrínseca na estrutura atômica da substância. 

A afinidade causa a ligação. Quando juntamos duas  substâncias afins, elas se ligam, estabelecendo uma conexão mais permanente. Cada uma tem algo que falta à outra. Num nível simplificado, é a atração dos opostos em busca de equilíbrio.

A ligação humana pode ser tão semelhante à ligação química que frequentemente nos referimos a ela como "química",  Nem sempre entendemos a razão de nossa atração por alguém, mas, mesmo assim, o sentimento existe e, em geral, é irresistível. 

Geralmente a pessoa tem em seu campo energético algo que desejamos ou que necessitamos. Com sorte, também teremos algo necessário a ela e uma ligação poderá ocorrer, durando tanto quanto durarem os sentimentos de afinidade. Por ser o chacra cardíaco o centro do equilíbrio, é razoável que o próprio amor brote inicialmente de uma tendência natural a mesclar e equilibrar nossa energia com a de outras criaturas vivas.

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O aspecto mais importante da  afinidade, contudo, não consiste na atração química por outros, mas no crescimento da afinidade dentro das partes componentes do indivíduo. Quando temos essa sensação de afinidade, projetamos uma vibração carinhosa, tolerante e alegre. Isso permite e até encoraja outros a encontrarem o próprio sentido de afinidade. 

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A afinidade também pode ser vista como uma qualidade vibratória. Quando estamos "afinados", nosso estado de harmonia dá coerência a tudo o que dizemos ou fazemos, como os tons numa escala de ressonância harmônica. Irradiamos amor porque criamos um centro coerente dentro de nós e ele, por sua vez, harmoniza o ambiente em torno. 

No coração cada célula bate sem parar. Se o coração fosse dissecado, cada célula continuaria a bater de forma independente. Assim que colocamos essas células junto com outras células cardíacas ( em uma lâmina de microscópio, por exemplo ), elas ajustam o ritmo de modo que pulsam juntas.

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Então, o que se pode fazer para criar sempre esse senso de afinidade? Reservar alguns momentos de sossego para ter uma conversa consigo. Basta, de vez em quando, conferir os próprios sentimentos. Depois de ler essas  palavras, tire um pouco de tempo para fechar os olhos, respirar fundo, e dizer alô a seu corpo. Veja se você ouve um alô em resposta. Comece um diálogo. Haverá algum jeito de você se tratar melhor? Existe alguma parte carente de atenção, ou alguma que domine sem necessidade? Você se trata tão bem como trata aos demais? Será o momento de dar uma festa para mostrar ao corpo sua gratidão? Ou só é preciso se sentar em silêncio e ouvir um pouco?

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Somos compostos de muitos pedaços, e da unidade e harmonia entre eles depende nossa força. Só assim seremos capazes de realmente dar aos outros. Se todas aquelas partes estiverem sintonizadas com o centro - o coração do organismo -,  então estarão simultaneamente sintonizadas entre si e entrarão num estado natural de afinidade.


Extraído do livro Rodas da Vida 

Autora;  Anodea Judith

terça-feira, 4 de agosto de 2020

A CURA DA CRIANÇA INTERIOR

" Para que sejam ternos, amorosos e carinhosos, os seres humanos precisam receber amor e carinho nos primeiros anos, desde o nascimento."

Ashley Montagu




https://youtu.be/yPU8QJ_n3rg

segunda-feira, 29 de junho de 2020

O PREPARO DO CURADOR PARA UM DIA DE CURA

Todo curador deve se preocupar em harmonizar seu campo de energia antes de iniciar uma cura. Em muitas situações esse trabalho de cuidado consigo mesmo,  é algo que não costuma acontecer e acarreta problemas sérios  para o curador .  Em primeiro lugar, o curador precisa compreender que trabalhar com cura exige tratar as várias camadas da aura do paciente e cada camada exige um aprofundamento distinto. E em segundo lugar, a cura se dá em um nível que desafia o sistema de crenças do paciente e  em cada camada vai se reestruturando e restaurando esse corpo nos níveis ketérico, celestial, etérico e assim sucessivamente... O curador participa da cura com o seu amor universal e canaliza-o para o paciente. Ou seja, o chacra do coração do curador passa por uma prova para transformar o espírito em matéria e a matéria em espírito. Portanto, toda vez que um curador iniciar seu trabalho de cura, deve estar alinhado com as energias mais sublimes do Universo para tanto, deve  limpar e carregar os seus chacras.
Existem técnicas que dão o suporte necessário para que o curador se abasteça de energia para atender seus pacientes. A meditação por excelência é uma técnica que favorece bastante o curador a se concentrar nos seus propósitos. 
O curador deve também ingerir muita água, principalmente após cada tratamento, para evitar que o seu sistema fique sobrecarregado com energia morta. 
Outra coisa que é muito importante para auxiliar o curador é o uso de cristais que sejam compatíveis com o seu campo de energia. 
Alguns curadores trabalham com os 4 elementos ( fogo, terra, ar e água ), para limpar o ambiente que vai receber os pacientes. 
 Existe uma infinidade de outras técnicas para carregar a aura do curador e este deve  escolher a que mais se adeque com o seu campo de energia. Alguns curadores preferem técnicas de visualização de cores, outros preferem músicas instrumentais que trabalham os 4 elementos, outros tantos se identificam mais com os exercícios de yoga, vibração corporal e  existe curadores que costumam combinar várias técnicas ao mesmo tempo.  O importante é esse preparo da energia,  para transmitir de forma amorosa e salutar a cura para os pacientes.

Por Cecilia Oliveira 💖




sexta-feira, 22 de maio de 2020

O TOQUE HUMANO E A FÉ




O gesto humano de estender as mãos para com seu toque combater a dor é universal. A mão materna que acaricia e o beijo de consolo podem fazer maravilhas por uma criança com febre ou machucada.  Um abraço amistoso no ombro de um amigo atormentado pode aliviar uma terrível dor de cabeça. Mas o efeito terapêutico do toque vai muito além desses gestos de conforto.
O efeito terapêutico da imposição de mãos vem sendo aceito por muitos como instrumento legítimo de cura desde os primórdios da humanidade. As lendas, a história e os jornais de hoje abundam em relatos de praticantes de curas que, portadores de poderes supranormais de toque, podem com as mãos aliviar sintomas graves e condições médicas complexas . Perdem-se no tempo as histórias de mãos que afastam  doenças, rejuvenescem corpos velhos e alquebrados, restituem vidas felizes e saudáveis aos enfermos.
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A imposição de mãos como forma de medicina é usada há pelo menos 15 mil anos,  pois os artistas da idade da Pedra já gravaram, nas paredes de cavernas dos Pirineus, imagens de curandeiros em ação. A mão que cura aparece em histórias orais da maioria dos povos primitivos. 
O Novo Testamento descreve Jesus tocando olhos cegos ( ou tratando-os com sua saliva ) e restaurando a visão, tocando pernas aleijadas e tornando-as fortes de novo, tocando cabeças perturbadas e trazendo-as de volta à sanidade. Os desafortunados vinham todos os dias e em multidões tal como atesta Lucas: " Agora, quando o sol estava se pondo, todos os que tinham doentes com diferentes doenças traziam-nos a Ele , e Ele punha as mãos sobre cada um deles e curava-os."
Muitos cristãos de épocas posteriores - entre eles os santos Francisco, Agostinho, Ambrósio, Martinho, Catarina, Patrício e Bernardo - eram conhecidos por seu toque curativo. E, como Jesus, os santos cristãos cuidavam tanto de doenças da mente quanto do corpo. 



Extraído do Livro Mistérios do Desconhecido - Poderes de Cura